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Run Tejo - CM Socks | Atleta do Mês - Julho/2021



E a nomeação de atleta do mês de julho, recai sobre a Telma Silva, uma das nossas seniores femininas. Muitos parabéns Telma!


Esta eleição tem como fundamento a sua dedicação e reconhecimento em prol do clube, mesmo não estando na sua melhor forma física (desportiva), e com pouco tempo para treinar, nunca disse “não” a um desafio ao qual a equipa se propunha. E está connosco praticamente desde o início deste grande projeto que é a Run Tejo, e tem dado o seu contributo para que a equipa siga mais longe, seja em termos de resultados desportivos, seja noutro tipo de meios de apoio ao clube.


1. Quem é a Telma Silva?

É uma rapariga teimosa, não acredita muito nela por vezes. Tenta ir à luta para melhorar naquilo que pode.


2. Há quantos anos treinas, e como é que o atletismo apareceu na tua vida?

Treino desde os meus 14 anos. Estava numa aula de educação física a fazer corrida de velocidade e o meu professor viu-me a correr e perguntou se andava no atletismo. Disse que não e ele disse que devia ingressar num clube, porque viu que eu tinha aptidão para ser pelo menos rápida, pois a nível de resistência ainda era um pouco fraca.

Tinha colegas meus que faziam atletismo e levaram-me então para o meu primeiro clube, o Futebol Clube de Alverca. Na altura não ligava muito à modalidade. Só comecei a treinar a sério a partir de 2018, mais ou menos, e comecei a ganhar o bichinho. Tive de incutir a ideia a mim mesma de que tinha de praticar algum desporto, para libertar o stress do dia-a-dia, para criar objetivos e é uma forma de também estar com outras pessoas e treinar a comunicação. Quando era mais nova era muito calada, tímida, introvertida, de estar no meu canto, e o desporto ajudou-me muito a ser mais comunicativa e a meter-me mais com as pessoas. Por isso aconselho imenso o desporto aos jovens, para que desenvolvam a comunicação e não sejam tão agarrados às novas tecnologias e de certa forma, não sofram de bullying por serem tipo outsiders.


3. O que simboliza para ti pertencer à equipa Run Tejo – CM Socks?

Para mim representar a Run Tejo ou qualquer outra equipa é sempre um orgulho, pois além de mostrar o meu valor enquanto atleta, estou a mostrar o clube onde pertenço. Nesta equipa em particular, senti-me bem, pois fui aceite entre todos, senti-me em casa. Nomeadamente quando existem elites e eles se dão com todos mesmo, isso é muito importante, corram muito ou poucos, falam entre todos.

E não haver aqueles “grupinhos” também é importante, pois leva a que algumas pessoas se sentam indesejadas e acabam por desistir do desporto ou da própria equipa. Digo isto porque eu já vi situações dessas em clubes anteriores. Nesta equipa é bom termos quem puxe por nós, e muito importante, ver as qualidades de cada um e saber aproveitar isso em prol do clube, explorar o atleta e motivá-lo. Ter pessoas bem formadas nas modalidades é importante, e não me refiro a ter o papel em como fulano tal é treinador, todos conseguem um papel, mas saber treinar e motivar não é para todos.


4. Qual foi o teu maior feito desde que estás no clube?

Foi ter batido o meu recorde aos 10 km sem ter essa noção. Fui com o objetivo de fechar a equipa na prova das Caldas da Rainha, para conseguirmos ganhar o primeiro prémio, o qual conseguimos, fui a que fechei a equipa e quando dei por mim, tinha feito a minha melhor marca aos 10 km para melhorar ainda mais o feito do dia! E foi ter ganho uma prova como primeira mulher da geral com a ajuda do Vasco e do David, mas melhor ainda, foi ter ganho a Shark Race em Lagos, sozinha e sem ajuda nenhuma, num percurso no qual não me dou muito bem, a areia. Nunca pensei ganhar nenhuma prova da geral na vida.


5. O que representa para ti esta distinção de atleta do mês?

É sempre um orgulho ter uma distinção, seja em que âmbito for. Não estava à espera que me tocasse a vez tão cedo, e espero que toque a todos na equipa, ou pelo menos para aqueles que mereçam a distinção.


6. Quais são os teus atletas de referência?

Cá de Portugal, o Samuel Barata, Salomé Rocha.

Dos mais pequenos que me têm surpreendido e tive o privilégio de ver algumas provas: a Lia Lemos e o Miguel Marques, que têm feito resultados brutais!

Até tenho como referência o meu próprio treinador, pois apesar de todas as mazelas e obstáculos que tem enfrentado, é uma pessoa disciplinada e tem tido bons resultados. Tomara eu lá chegar um dia!

O Carlos Freitas, o nosso coordenador técnico do clube, que apesar da sua vida agitada e das mazelas que tem, ainda consegue dar bons exemplos e coças aos mais novos!


7. Qual o conselho que dás a todos os atletas que andam por aí a correr, sem qualquer orientação e grupo de treino?

Aconselho a ingressarem num clube no qual se sintam bem, isso é muito importante! Tentar encaixar-se num grupo do seu nível e ir progredindo, tal como a Run Tejo tem. Se puderem semanalmente, massagem ou fisioterapia se necessário. Alongamentos, técnica de corrida e exercícios de core.


8. Como concilias os treinos e corridas com a tua vida profissional e pessoal?

Quando eu comecei a universidade não foi fácil. Tive de conciliar horários de trabalho como trabalhar de madrugada, da parte da manhã e ter aulas à noite. Tive de me autodisciplinar. Nunca fui gorda, mas estava a ganhar uns quilos a mais e tive de arranjar força de vontade e motivação para voltar a treinar.

Por motivos pessoais, tive de voltar de novo a treinar para não dar em doida, ter um escape. Tento treinar ou à hora de almoço, ou fim do dia, consoante a minha disponibilidade. Hoje em dia não tenho o horário tão preenchido, o que me facilita imenso para me dedicar mais aos treinos.


9. Qual a tua distância preferida, e porquê?

Gosto de provas curtas, essencialmente ir desde os 100 metros até à milha. Quanto mais longa para mim por um lado pior, pois considero-me mais rápida que resistente. Mas se queremos melhorar, temos de passar pelas longas também. Prefiro não passar dos 10 km.


10.Qual a tua prova preferida, e porquê?

Adoro a S. Silvestre de Lisboa pelo ambiente. Sempre gostei e é a minha prova de eleição. Mas estou curiosa pela prova da S. Silvestre da Amadora… Dizem que também é brutal! Dura, mas espetacular!


11.Tens alguns cuidados com a alimentação?

Tento ter. Só não tenho mais cuidado ainda porque tenho a dissertação pelo meio. Espero me dedicar depois dela à parte da alimentação, pois tenho muitos livros para estudar sobre alimentação e bem-estar. Atualmente como imenso e é por isso que a barriga não desaparece.


12.Qual a tua maior motivação para continuares a correr?

Cuidar de mim, tanto ao nível emocional como físico. Sentir-me bem comigo mesma, de forma a que haja um equilíbrio. Se o facto de poder fazer provas noutros locais que não conheço já é estimulante e assim vamos conhecendo também pessoas novas. Dar-me bem com pessoas de outra equipa é muito bom e pode até ser útil futuramente, nunca sabemos se iremos precisar uns dos outros. Gosto do espírito desportivo que existe entre quem pratica esta modalidade.


13.Queres deixar algum agradecimento público?

Agradeço a nomeação por parte de todos vocês e em quem acredita mais em mim do que eu própria. E aconselho a toda a gente a mexer-se! É importante o desporto nas nossas vidas.


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